quinta-feira, 12 de novembro de 2009

...Sempre Outrora...

Vontade equivocada que me esnoba.
O fio da navalha é um desejo invísivel.
Eis que sou carne crua e espírito em pranto.
Trancado no quarto, perdido em algum lugar!
Vozes ao longe são relutantes.
Esquivo-me, saio e penso!
Outra vez! Outro dia!
Saudade equilibrada na demência.
O prazer do pecado não requer perdão.
Eis que sou medo e ódio.
Trancado na vida e solto na morte.
A fonte da juventude secou.
Esquivo-me, cresço, caio e danço!
Outro dia! Outra vez!

Renato Leme

... Xô Deprê ...


Poesia é fuga...
Genebra gato nele...

Dias vermelhos

Se eu corresse atrás de coisas que não posso ter,
é possível acreditar no que devo fazer.
Pessoas ilustres desfilam pelas ruas com seus trajes
imorais e suas falsas verdades.
Hoje o dono da razão será amanhã o pai das controvérsias.
Corro em busca de um futuro incerto.
Nunca mais vou querer saber que pensar é bem mais que querer.
Não me abandono mais escondendo em um só lugar!
O ar que respiro me sufoca, destrói os sentidos!
Em dias vermelhos não é possível lutar, pois, não se ganha e nem perde!
O mundo derrama seus males sobre nossas cabeças.
Sua determinação é um instinto assassino.
Sua força é a perda do contato.
Em dias vermelhos ninguém se move.
A selva de pedra torna-se frágil perante sua multidão.
A vida é cena de uma comédia romântica!
Minha consciência é calma, mas minha cabeça pesa ao travesseiro.
Em dias vermelhos a paz não chega!
Sou um suspeito à esperar...
Sucessivos erros e enganos...
Fujo da própria sombra!
Disfarço minha existência!
Em dias vermelhos tudo é cinza...
E tudo é nada...
E nada é aquilo que sempre teremos.

Renato Leme

O próximo dia...

Piso leve e vou tranquilo pela noite.
Minha vida, minha paixão.
O tempo voa, amigos vão...
Eu sou apenas mais um zé ninguém.
Nos caminhos tortos vou seguindo
e tentando esquecer.
As mentiras da vida, tento entender!
O tempo passsa, mas nada muda.
Vou tentando acertar no próximo dia!
A hipocrisia é uma virtude em nossas vidas.
Não quero lutar para perder.
Não vejo razões para brigar.
O tempo passa e a vida fica no mesmo lugar,
mas vou tentando acertar no próximo dia!

Renato Leme

Momentaneamente

O momento é um pedaço de tempo, uma excitação.
A cada momento uma surpresa...
Em cada surpresa, uma nova sensação.
Todos eperam o momento...
Seja ele, errado ou certo!
Momentaneamente fico calado sentindo o passar do tempo.
Há momentos infinitos registrados em cada memória...
Prisma vasto de emoções!
Os momentos nos levam a sonhos intensos, à fantasias mágicas.
Em cada momento uma esperança...
Um coração à espera de amor.
Conflito de gerações!
Meninos e meninas com seus pensamentos imperfeitos.
Adolescentes rebeldes...Loucos do além!
Em cada momento há uma festa de aniversário.
Festas de morte há também!
Mesada hipócrita, salário miséria...
O povo do nada!
O beijo longo e doce da namorada.
Luz, som, fogo e trovão!
Inúmeros lugares inexplicáveis.
Gente doente, coisa demente, mundo caos!
Há os que vivem por aí.
Cores e flores!
Tudo e nada, mas o importante é que haja!
A cada momento há de haver sempre.
E cada pessoa há de haver um momento.
Momentaneamente...

Renato Leme

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Saber parar é burrice ... Escrever é teimosia..."

Coração de cachorro...

Bate no peito feito cão doido.
Morde o osso na saudade do ontém.
Rosna em busca do novo.
Late pra tristeza ir embora.

O rabo balança lembrando os momentos.
A coceira chega na alegria da noite.
Levanta a orelha pedindo pra ficar.
Avança no dono com raiva da vida.

Vai coração de cachorro...se agita por aí...
Lembra que a vida é longa e o tempo é curto...
Vai vira-lata sem dono...é hora de partir...
Levanta a cabeça e deixa passar.
Deixa o cão viver em ti.
Brincando...brincando...sempre...

Renato Andrade...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A vida é pra viver ...

Vamos dançar.
Vamos sumir.
Alucinar.
Curtir a noite inteira.
A vida é pra viver.
Não perca tempo não.

Estou tranqüilo
e ao meu lado
o meu amigo;
são os meus pés no chão.

A morte é pra esquecer.
Ninguém escapa não.

Vamos pensar.
Vamos sentir.
Deixar rolar.
Entrar na brincadeira.
Chega de tensão.
A vida é pra viver.

Renato Leme

" Na calada da noite"

A noite me consome.
Escurece-me a alma.
Caem sobre mim as trevas da paixão.
O desconhecido!
À noite me faz sentir jovem.
Trás a esperança perdida.
Bate forte meu coração.
Pensamentos dilacerados!
Amigos e amantes.
Amores distantes!
Conflitos, abrigos.
Loucuras constantes!
Minha noite!
À noite me tira o medo.
Mostra-me segredos.
Joga-me pro alto.
Abusa da sorte, sem temer a morte.
Cantos, raças, bêbados e poetas!
Horas incertas!
Estrela, lua, sonho e desejo!
Um caminho perfeito.
Minha e sua, pra sempre, noite!

Renato Leme

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pra falar ...

Pra falar do amor, falo da vida.
Pra falar da vida, entendo a morte.
Pra falar de sexo, sigo o instinto.
Pra falar de instinto, natureza sou.
Pra falar de guerra, olho pra dentro.
Pra falar de dentro, vou por aí à fora.
Pra falar de nexo, não sou complexo.
Pra falar de complexidade, não há idade.
Pra falar de beijo, sou todo desejo.
Pra falar de desejo, sou corpo e alma.
Pra falar de corpo e alma, sou infinito.
Pra falar do infinito, sou eterno.
Pra falar da eternidade, sou espírito.
Pra falar do espírito, sou universo.
Pra falar do universo, sou espaço.
Pra falar de espaço, sou pensamento.
Pra falar do pensamento, sou eu.
Pra falar de mim, é fácil.
Pra falar do fácil, é simples.
Pra falar de simplicidade, é rápido.
Pra falar de rapidez, é longo.
Pra falar de longevitude, são rugas.
Pra falar de rugas, há tempo.
Pra falar de tempo, às vezes.
Pra falar às vezes, é preciso calar.
Mas, calar pra que?
Tempo pra onde?
Rugas em que?
Velocidade ao longe, simples é rápido!
Difícil é fácil, " penso logo existo."
Pra falar e pra saber!
Se quiser tudo...Obviamente não há mais nada...

Renato Leme

terça-feira, 26 de maio de 2009

Realidade adquirida

Não tenho alegrias, não tenho tristezas.
A vida vai e fica, sem olhar pra trás.
A solidão é minha amiga.
E a sorte é o meu amor.

São tantas palavras, são muitas vontades.
A incerteza é a chance de toda verdade.
A mente aberta, positiva!
E a dor no peito que não quer passar.

Se eu soubesse ontem, as tolices
que agora sei.
Seria um bom disfarce,
para ausentar a realidade adquirida.

Não quero aplausos, não quero lutar.
O desprezo é a glória da qual abro mão.
Não bato em sua porta, não peço desculpas,
não caio no chão.

Indo de encontro ao nada, saindo sem partir.
Passagem só de ida, caminho sem fim.
Saudade interrompida.
Embriagues na multidão.

Renato Andrade

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quem sabe ...

Você sabe por quê?
Porque eu não sei o que você
sabe dizer?
Saber demora!
Em qualquer dia ou qualquer hora.
Em qualquer canto ou muro.
Sabe amar, sabe perder.
Sabe sonhar e querer.
Sabe da vida!
Cada chegada e partida.
Quem sabe! Saberemos!

Sabe pedir perdão.
Sabe dar a mão.
Sabe ser falso, e andar descalço.
Pensar no nada, e sonhar acordada.
Sabe ser do seu jeito,pois, nem sempre
é perfeito.
Sabe o que sabe!
Sabe demais!
Sabedoria que ficou pra trás.
Tudo é nada nessa sapiência.
No meu saber, nada sabe sobre mim.
Mas, quem sabe!!!!!

Renato Andrade

" Pra daqui à pouco "

Tanta coisa

Tanta gente fica, tanta gente passa, tanta gente vai.
Tanta gente chora, tanta gente esnoba,
E não se satisfaz.
Tanta ignorância, tanta roupa suja,
e pouca obediência.
No fundo tanto faz!
Não ter o que pensar, não ter o que comer.
Tanta moral injusta, mas tudo fica pra trás.
Tanta gente louca, tanta gente cega, tanta coisa burra.
Tudo nunca é demais!
Violência urbana enriquecida.
Corações partidos!
Eu já não sou capaz!
Tanta incoerência e tanto desrespeito.
Horror dentro do peito.
Eu grito pra viver!
Partida sem chegada!
Saudade desumana!
Afeto desonesto!
Tanta coisa nessa vida.
Peço-lhe apenas: deixe-me ser!!!!!

Renato Andrade

quarta-feira, 6 de maio de 2009

"Quero ver o sol atrás do muro... e só..."

" No espaço das coisas..."


Entre dias...

De encontro ao vento me sinto perdido.
A brisa da noite reveste minha alma de sonhos.
Sorrisos distantes, amor flutuante.
Entre dias eu sou assim: pálido e intacto!
Sem hora marcada, contamos os passos
correndo do nada e chegando ao acaso.
Entre dias eu sou assim: Eclético e sistemático!
Sou bicho do mato que ama a selva de pedra.
Olhando imagens e perdendo a paz.
Se eu corro das sombras, o destino me pega.
Se eu fico ao teu lado já não sou ninguém.
Correr ou ficar! Quem sabe dizer?
Se pensar: Fujo!
Porque entre dias, prefiro assim: Saudade!!!!

Renato Andrade


" Insatisfação é altruísmo..."

É sempre a mesma voz.
Sempre a mesma canção.
Sempre a mesma raiva.
A mesma emoção.
Sempre o mesmo silêncio.
A mesma situação.
Vou partir sem rumo.
Vou dar o fora!
Gosto dos perigos da vida.
Sou amigo do desconhecido.
Faça o melhor, ou talvez o pior,
mas faça.
Não quero discutir.
Quero a verdade ouvir.
Certo ou errado, não sei!
Creio nos meus ideais.
Insatisfação consentida.


Tédio opcional.
Com certeza! Essa não é a minha!!!!

Renato Andrade

Estilhaços ...

Olhar distante, rosto meigo.
Beleza infinita no ar.
Seu caminhar é prazer.
Seu mundo é magia.
Cabelo ao vento!
Menina moça! Mulher feita!
Meu perfume é sua essência.
Por onde passa, embriaga!
Sol da manhã e chuva de verão.
Sonho de criança!
Inocência da infância!
Mar! Espaço infinito!
É tudo isso! Só não és minha!
Vejo você e vou caminhando.
Acordado ou dormindo, não importa!
Distante sonho! Desejo proibido!
Cruel realidade me estilhaçando
em mil pedaços.

Renato Leme

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Em todo lugar...

Imagens reluzentes em desejos proibidos.
Boca amarga na manhã fria.
Fome de tudo, em tempos de nada.
Agonia feliz na madrugada amiga.
Seguindo assim meus olhos correm a vida.
Em todo lugar!!!!!
Sustentações melancólicas atuais.
Desgaste da máquina presente.
Busca da autonomia perdida.
Questões formuladas a esmo.
Seguindo assim meus pés percorrem o mundo.
Em todo lugar!!!!!
Loucura semanal estarrecida.
Tarefas fundidas em ócio.
Preguiça mulher do tédio.
Doçura talhada em fel.
Seguindo assim meu coração batuca a fanfarra.
Em todo lugar!!!!!
Palavra contida na letra imperfeita.
Som transformado em barulho.
Guia sem direção.
Amor pra variar.
Seguindo assim minhas mãos tremem.
Em todo lugar!!!!
Água suja no banho.
Lixo na sala de jantar.
Desespero no quarto de hotel.
Fúria irmã da sorte.
Seguindo assim minha cabeça gira.
Aqui! Ali! Lá e cá!!!Ontem! Hoje!
Amanhã sentindo.
Seguindo assim por hora.
Em todo lugar!!!!!

Renato Leme

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Borboleta...

Borboleta pousou no meu jardim.
Disse-me: bom dia sol!
Ela cruza meu passeio,com rosas
e dores.
Abraços e amores!
Deixe-me num curto espaço de tempo.
Beije-me numa longa história amarga.
Aperte meus anseios em sua liberdade.
Sejamos felizes!
Borboleta pousou no meu jardim.
Disse-me: quero ser grande!
Eu disse: agarre seus sonhos!
Enquanto isso: Dançamos na chuva!
Traçamos as coordenadas.
Amigos e tragédias!
Quero saber seu nome!
Lembrar seu rosto!
Dizer apenas que sou um estranho à esperar.

Renato Andrade

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Sem notar...


Torna-me sábio...Transforma água em vinho...

Faz-me teu guia...Salva-me dos dias...

Às avessas vou levando...

Assim quando passas por mim...



terça-feira, 14 de abril de 2009

Palavras ao vento...


Nenhuma palavra sai da boca pra fora...
Palavras ao vento...São temporais...
O que me importa...se nada falo...ou penso...






Regando Flores...


Não quero ser chato, nem ao menos estúpido,mas é tudo o que sou nos últimos meses. Tenho aprendido também a ser rancoroso, coisa que antes abominava. Entre idas e vindas a vida desconhece o próprio " eu ". Aquele velho poeta regado de insanidade moral e biritas semanais, agora perdido em suas próprias palavras.
Fácil é olhar o que passou e sentir uma dor agúda no peito, mostrando claramente como é difícil seguir este caminho.
Não ter aquilo que se quer é uma dádiva do ser humano, aceitar como é, sempre continuará sendo uma eterna burrice.
Aprender pra mim é quase impossível, compreender torna-se um tédio e uma profunda depressão. Por essas e outras sigo sorrindo mesmo sem ter graça. Afinal sou um palhaço, entretendo a ilusão.
Me interesso pela continuidade dos dias, são neles que me apego e escalo os momentos incertos de cada segundo. Se não há tempo a perder, então melhor não pensar nele, sempre perderemos algo, à todo instante. Não percebemos, porque o tempo nos engole, encobrindo assim nossa perda.
O ideal nessas circunstâncias é escalar a montanha e seguir em frente.
Meu coração quase perdeu a esperança do amor, só não se foi por completo, pois , esperança é aquilo que nunca se perde, fica guardadinha alí, em algum canto de cada um de nós.
Tenho tentado dar um tempo pra palavra e pra cabeça, consecutivamente pra alegria e pra tristeza. Mantendo o caos estagnado, e regando flores com minhas próprias lágrimas.

Renato Andrade.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Nada é tudo mesmo...

Difícil pra burro entender as coisas da vida, tentar compreender, então...nem se fala!
Ando enjoado e com uma suposta dificuldade em avaliar meus sentimentos, em relação ao ar que respiro. Fome de vida adcionada a um misto de descrença. Racionalidade pulsante num peito ansioso e juvenil. Diante de tudo, às vezes é necessário surtar, correr, gritar, pular, brigar...sabe, essas coisas consideradas pala sociedade moderna, fora do centro, fora do tom... ou coisa de doido mesmo! Não sei não, mas acredito que um "Q" de transtorno bipolar, está inserido na cuca de cada um de nós.
Meu conforto é saber quer não sou o único com quem compartilho esses sentimentos.
No enrolo dos dias, não há cura mesmo, talvez um remédinho pra aliviar, mas tornar-se sadio por completo, isso jamais!
Minhas manias são minhas dádivas. Uns e outros são meus eternos amigos, e seguindo assim, vou sorrindo e chorando! Algo tipo: " Tudo ao mesmo tempo agora".
Cansado de correr pra nada é algo que me inspira, pois sei que é lá no "nada" que o jogo vira!
A sorte é uma esperança perdida, não dá pra cair nessa!
Faço, desfaço, refaço e construo. A cada tijolo assentado na parede dos dias, aproximo-me da vitória, e sinto o gosto amargo ir embora.
A solidão é minha companheira hoje. Sinto-me como se o tempo posto nesse exato momento, fosse necessário para uma eventual surpresa boa!
Acredito nas fases, e na velha história: " Aqui se planta , aqui se colhe", a lei do retorno, entende!
Bobagens e mentiras fazem parte do cotidiano, impossível fugir disso.
Respeito as opiniões alheias, mas brigo pelas minhas, e no fundo os que vivem à minha volta me respeitam, e dizem que sou comunicável e sociável. Fico contente com toda essa besteira!
Quero e preciso aprender a limpar a mente, ir em frente, consciente de que tudo é válido, e que o tempo é cada vez mais curto.
Não esperar nada do próximo já é um excelente começo, no processo de esquecer.
Meu maior defeito é a extrema dificuldade de desprender-me do antes. Acabo rodando, penso e reflito, e quando vejo, to lá ainda!
Bebidas, palavras, mulheres, amigos, músicas, livros... e a coisa vai ... Renovar é preciso!
"Jerry Maguire - A grande virada"! Esse é o tipo de atitude na vida que faz acontecer.
Sei e tenho que trabalhar esse monstro à todo instante. Não dá pra vascilar, se não sou devorado!
Meus demônios me governam, mas é por pouco tempo. Sempre venço a batalha no final das contas.
Realmente sabe o que é bacana?
É viver segundas-feiras como hoje. Solidão e reflexão! Chegando a conclusão de que nada é tudo mesmo!!!

Renato Andrade...

sexta-feira, 13 de março de 2009

E....assim....se deu....

Sobre nós dois... Complexidade mútua da paixão...Despertar do amor, outrora esquecido...Alegria ambígua lado a lado...Sonho louco pelo ar...Você que emana em mim sempre.Me leva a um lugar escondido.Você meu tudo em meio ao caos.Me traz a juventude perdida.Sobre nós dois não há mistério...É prazer inabalável, puro e sincero...Sobre nós dois não há caminho...É apenas traçado e eterno luar...Vontade sempre de estarmos juntos.Saudade boa interrompida no amanhã.Carência esquecida em nossos longos beijos.Desejo emaranhado pelo chão.Você capaz, deixando-me no lugar...Me mostra a vida, assim como ela é...Você linda, entrelaçada em meus braços...Me diz o certo, impossível esquecer...Sobre nós dois não há palavras.Relicário intacto.Sobre nós dois não há tristeza.É o novo sobre nós dois.O amor que move as coisas,Assim nascendo... em continuidade... Renato Andrade.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Clarice....Daqui para a eternidade.....

Falar de Clarice Lispector é sem dúvida nenhuma abordar a ânsia de perplexidade que envolve o seu texto literário. Clarice não foi uma escritora qualquer. Sua contribuição para a literatura brasileira abriu as portas para outros escritores que, até então, não eram conhecidos em outros países.Seu trabalho como escritora difundiu a nossa cultura e literatura ao redor do mundo. Clarice trabalhou também como tradutora. Traduzindo obras de língua inglesa para o português; uma dessas obras é "O Retrato de Dorian Gray" (por Oscar Wilde), publicada pela editora Ediouro.Sua enorme diversidade pela leitura é percebida, em certos momentos, em sua literatura. Ler não era um simples prazer ou hobby para ela, e sim uma forma de desligar-se do mundo real, transportando para seus personagens um universo de sonhos, angústias, amor e fantasias, misturados em uma escrita metafórica, sutil e poética, características complexas de sua retórica. Muitos escritores e jornalistas tentavam decifrar essa enigmática mulher. Certa vez, Otto Lara Rezende (jornalista e escritor brasileiro) disse que ela não fazia literatura, mas sim, bruxaria.Clarice é considerada uma das mais cultuadas escritoras brasileiras em todo o mundo. Alguns apaixonados dizem: "a mais importante do século XX''.Sua história começa na Ucrânia, numa pequena aldeia chamada Tchetchelnik, onde nasceu no dia 10 de dezembro de 1925. Seus pais emigraram para o Brasil, após dois meses de seu nascimento. Desembarcaram em Maceió e permaneceram na cidade por volta de quatro anos, fixando residência mais tarde em Recife, lugar onde passou sua adolescência. Em 1937, Clarice mudou-se para o Rio de Janeiro e formou-se em direito. Seu primeiro romance, "Perto do Coração Selvagem" (1943), foi um enorme sucesso de crítica, ganhando o prêmio Graça Aranha.Clarice viajou o mundo. Morou em Nápoles, logo após se casar. Serviu num hospital da cidade no final da Segunda Guerra Mundial, retornando mais tarde ao Rio de Janeiro.Contribuiu com seu talento também para a imprensa, trabalhando na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista no Correio da Manhã, realizou várias entrevistas para a revista Manchete e escreveu crônicas no Jornal do Brasil.Seu amor pelas letras surgiu quando ainda menina. Escrevia suas pequenas estórias que eram sempre recusadas pelo Diário de Pernambuco, jornal que mantinha uma página infantil. Suas estórias eram recusadas pelo jornal, com o argumento de não conterem enredo e fatos, mas apenas sensações.Clarice viveu em vários países, pois se casara com um diplomata. Vida essa que não lhe agradava. Foi mãe de dois filhos, Pedro e Paulo.Em 1959, voltou para o Rio (depois de anos morando no exterior), já separada de seu marido.Durante toda a década de 60, colaborou com inúmeros jornais e revistas e trabalhou como tradutora; apesar de ter sua obra conhecida no exterior, nessa época passou por dificuldades financeiras.Um fato inusitado acontece em seu apartamento do Leme, no Rio. Certa madrugada, Clarice adormece fumando. Acorda assustada e percebe o início de um incêndio. De impulso, tenta apagar o fogo com as mãos e fere sua mão direita gravemente (a da escrita), impedindo-a de trabalhar por um tempo.O texto de Clarice nunca é frívolo. Sua narrativa pode começar com um simples relato de um caminhar, evoluindo aos poucos sobre uma reflexão a respeito da vida, da solidão, da morte... Não é por menos que sua obra é fonte de estudos, por psicanalistas e filósofos. Esbanjava talento ao escrever em diversos estilos literários.Há aqueles que buscam influências em sua obra, invocando uma pitada de temperamento feminino; já outros não a entendem. Clarice foi e sempre será uma incógnita, transcendendo a essência da escrita rumo ao fim.Como ela disse em sua última entrevista: "quando não escrevo, estou morta!"Clarice morreu de câncer, em 9 de dezembro de 1977, na véspera de completar 57 anos.

Livros mais importantes:Perto do Coração Selvagem (1943), romance.A Paixão Segundo GH (1964), romance.A Hora da Estrela (1977), romance.A Legião Estrangeira (1964), contos.Laços de Família (1960), contos.Bibliografia completa da escritora no site: www.klickescritores.com.br

Dica de leitura:Quem não leu, leia: "Perto do Coração Selvagem", e surpreenda-se!

Frases da autora:"Renda-se como eu me rendi.Mergulhe no que você não conhece.Não se preocupe em entender.Viver ultrapassa qualquer entendimento"

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.Nunca se sabe qual defeito sustenta o nosso edifício inteiro. "

Renato Andrade

Mais...e mais...e mais....sonhar....viver....

" Mais que sonhar...Viver é o princípio de tudo!"

Renato Andrade

Power to the People....

Revolução

A revolução do ego.
Na introdução do eco,
no fundo da alma soa.
Enquanto a cabeça vai numa boa.
O pensar é um martírio.
A preguiça é uma mão.
As coisas correm a mil, mas a grande
Vontade despenca.
Vai cachorro, vai carro, vai avião!
Ponha-me de volta no chão.
Traz aquilo que não sei.
A vida que não vi.
A revolução que não se sonha.
A revolução do acaso.
Na perseguição do astro.
O rei me queima a pele.
O suor no corpo anda.
A mente é uma invasão!
E o universo sou eu!
As vozes são tortas, mas as afinações,
São perfeitas.
Sai maldade, sai solidão, sai tristeza!
Trás aquela cega certeza.
A morte que não vi! O sorriso que não ri!
A revolução que não revoluciona.

Renato Andrade

" Essa é a ladeira da preguiça..."

A ladeira

Vou descendo a ladeira e vou contente.
Vejo flores, vejo gente.
Vou caminhando lado a lado com a
minha solidão.
Vou descendo a ladeira e vou tranqüilo.
Desfaço-me! Me esquivo das maldades
da ilusão.
Vejo amores, vejo terrores!
E vou descendo, pensando no presente.
E na cabeça: pensamentos indecentes!
E nossas vidas andando na contramão.
Ah! mas quando subo a ladeira, eu
me perturbo.
Piso forte, piso fundo!
Me encontro perdido num mundo de
medo e sedução.
Na subida da ladeira coração palpita.
Gente nova se irrita sem saber qual a razão.
Menina sobe, menino desce!
Carro buzina, cachorro late!
Mulher bonita, malandro bate!
Dia após dia, vou subindo e descendo.
E a cada instante o mundo ensina que é
preciso ser constante.
E que a esperança é uma forma de esquecer
a solidão.

Renato Andrade

Eis que o amor surge....De repente....e sem hesitar....

De Repente...

De repente seus olhos
Seus olhos nos meus
Meu beijo no seu
Minha alma na sua
Sua luz em meus sentidos...

De repente seus lábios
Seus lábios nos meus
Meu sorriso no seu
Minha voz em teus ouvidos
Sua força em minha esperança...

De repente seu cheiro
Seu cheiro em meu corpo
Sua boca em minhas frases
Sua cor em meu âmago
Seu som em mim...

De repente você e eu
Nossos passos juntos
Meu sonho em sua imaginação
Sua alegria meu desejo
Seu destino meu futuro...

De repente o amor
Surto sóbrio, exata teoria
Desejo constante, momento intacto
Perigoso delírio, intensa atração
De repente
Espero pra sempre...
Assim, incerto infinito,nós....

Renato Andrade

A volta do anos 80....em meio ao século 21....

O futuro chegou! O século 21 está aí! Internet, celular e outras coisas mais. Um enorme conglomerado de tecnologia avançada
invade a massa atual, trazendo informação, conhecimento e entre-
tenimento numa velocidade jamais vista.
O mundo na tela do computador. Algo inimaginável anos atrás.
A vida segue. E de década em década surgem às transformações.
Vivemos a era digital, e alguns estudiosos afirmam que este é o
momento do vazio. Acrescentando uma frase bem conhecida:
nada se cria, tudo se copia!
Em meio a tantas discussões e animosidades sobre vastas teorias,
eis que os anos 80 renasce.
Música, cinema, roupa, e o consumismo dos 80 nos dias de hoje.
O que no final dos anos 90 chamávamos de brega, agora está no topo da moda. Verde-limão, laranja fosforescente, pink, ou se preferir, tudo isso junto. Cores que fazem parte do figurino de
muita gente. Para completar o visual extravagante, podemos incluir ainda: ombreira e cós alto. Sem falar dos cabelos armados das mulheres, e os arrepiados e emplastados com gel dos homens. Quem tem 40 anos hoje, já não precisa mais temer a década das trevas(apelido carinhoso em função do visual arrepiante da época) pois, tudo voltou melhorado e mais suave, embalando boas lem- branças de música, televisão e cinema.
A tv a cabo nos trouxe a nostalgia na poltrona da sala. Através do poder do controle remoto assistimos um he-man repaginado, e ainda temos o prazer de listar inúmeros desenhos da época, para assistirmos a qualquer hora, assim como seriados e os campeões de bilheteria da telona. Só pra citar um: E.T, o meu favorito, que ganhou nova roupagem há pouco tempo.
O visual poderoso dos anos 80, refletia o que se passava no Brasil e no mundo.
O fim da guerra fria, a disseminação da aids, o fim da ditadura militar, a morte do presidente da república;Tancredo Neves, os primeiros pcs, a febre do vídeo game na tv de casa, e rock na-
cional no seu auge, preferência da maioria. Milhares de bandas surgiam todos os dias. Quem na época não cantou rádio pirata do RPM, ou menina veneno do Ritchie. Eduardo e Mônica da Legião Urbana, e o nosso exagerado Cazuza com sua banda; o Barão Vermelho, cantando, pro dia nascer feliz, no maior festival de música realizado no país até então: o rock in rio!!
Na gringa tínhamos o new wave, com representantes como: Duran Duran, tocando sem parar nas Fms, save a prayer, e os Cars com, whos gonna drive you home... tonight?
Os contestadores também faziam parte da festa, em grande número, punks e darks, invadiam a noite da paulicéia desvairada e agitavam todas.
Voltando para o futuro, encontramos na internet diversos sites anunciando festas e encontros em comemoração aos anos 80.
Já o cenário do rock alternativo na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, tornou-se releitura de bandas que estavam no topo há duas décadas atrás, bandas essas; Joy Division, Echo & the Bunnymen, The Smiths e The Cure. Influencia representada na estética e na música.
As novas bandas: The Strokes, The Killers, Arctic Monkeys, My Chemical Romance, são só algumas das bandas que trazem a nostalgia dos 80.
Uma coisa é certa! Diante de reviravoltas conflitantes, acertos e erros, breguice modista e muita criatividade, os anos 80 foram o marco do fim da idade industrial, e o início da idade da infor-
mação, pois, então não estranhem esse revival, porque o tempo nada mais é que um ciclo que termina e recomeça de novo.

Renato Leme
Acesse: http://www.radioparanoia.net/ Programação anos 80...

terça-feira, 10 de março de 2009

Genebra Gato...O gato preto..Veja o que é...

A Genebra gato é uma bebida

tipicamente nordestina.

A Genebra tem um cheiro

aproximado do gym.

Alguns também a chamam de Zinebra.

Mas a Genebra que conheço, tem o gato preto na garrafa...

Poesia pra cachorro...marginal e visceral... parte 1...ok...

Pra saber mais

A vida me leva aonde não quero estar.
A cabeça pensante, pensa a todo instante,
Sem parar.
A palavra cala na alma e persiste em
não falar.
A vontade do nada que surge sem avisar.
A procura daquilo que é impossível achar.
No fundo do poço do medo, a certeza é
Saudade que nunca vai passar.
Das tolices do tempo.
Da pobreza do espírito.
Que assim me faz feliz.
A garganta cortada.
A cerveja gelada.
Que hoje eu bebo sim!
Das forças do infinito.
No mar, no céu, no grito!
O sonho que não deu.
Mas a esperança é um anjo malvado,
que paira pelo ar.
Aproveitando as chances da química da vida.
Vejam só vocês! Só pra saber mais.

Renato Andrade

Há de haver algo...Um garoto prodígio e sua cabeça torta...Você não precisa entender...

Acordo pela manhã e sei que há de haver algo em algum lugar. Tudo acontecendo ao mesmo tempo em todo canto. Minha mente absorve esses pensamentos ainda no parapeito da cama quente, ao mesmo tempo algo sussurra em meus ouvidos alertando que tudo vai começar de novo. "Penso e logo existo", cá estou no infinito universo: vivo!
Há de haver algo, mais um sonho confuso esta noite! Gosto da confusão, saio da rotina com ela.
Mas dormir mal não é legal, ao menos é o que dizem por aí! Porém não estou preocupado com isso, e sim com o que virá no decorrer das próximas horas.
Se minha cabeça não tem paz à noite, durante o dia então nem se fala! Gira ! gira ! gira ! Cabeça torta, se perde em pensamentos imperfeitos e foge da razão. Pra ser sincero, até gosto disso, não me incomoda muito, na verdade incomoda aos outros , nem todos, mas alguns.
Que dizem:
---Pô, cara doido esse aí. Tá loco, você viu!
Diz pro colega ao lado na fila do banco, estupefato!
Esse é o gira, gira da cabeça, onde algo sempre haverá.
Meu pé direito saiu da cama quente dormindo e mancando. Arrastei-me em direção ao banheiro de olhos fechados, hoje não quero ver o sol, devo ter pensado!
O verão me irrita, odeio calor, gosto mais do frio. meus ânimos se agitam mais e a cabeça torta gira, gira se acalma um pouco.
A descarga do banheiro está quebrada de novo, o creme dental está no finzinho e o sabonete só tem um pedacinho.Que legal! Tudo inho...tudo pequenininho!
Nos últimos tempos o diminutivo tem sido meu amigo inseparável. Meu companheiro sentimental e pessoal, enfim...meu guia, meu astro rei!
Percebi que o relógio girou rápido, assim como minhas idéias. E lá estava eu, olhando no espelho mais uma vez sem entender nada, mas claro, atrasado pro trabalho como sempre!
A subordinação é um câncer a ser combatido. O salário mal pago e o dia perdido entre trapos também.
Queria hoje poder aproveitar o dia, sair por aí sem rumo, respirar ar puro e sentir o amor das coisas. Afinal de contas a cabeça gira, mas ela crê e ama.
Minhas responsabilidades com o trabalho e os companheiros do mesmo, se baseiam num jogo de xadrez chinês, eh! aquele mesmo , em formato de estrela, obviamente sem sentido.
Brinco no jogo dos dias, e ainda me mantenho na liderança. A estratégia é a mesma, deixe o tempo passar e sorria, ao final do dia você será o campeão.
Mas chega o dia em que você prefere perder, deixar de sorrir e simplesmente viver!
Esse é o truque do nada entender, meu caro! Fluir apenas, e isso basta!
Depois da labuta, já ao cair da tarde, a giratória gira menos e racíocina mais! Ainda bem, posso ter nervos de aço, mas não cabeça de ferro!
Com à noite as estrelas me acompanham, com um cigarro e um café na varanda.
O calor já não é tão calor próximo à meia-noite.
Fico rolando pra lá e pra cá, e girando a danada de leve na cama, destruindo pensamentos do dia, e reconstruindo outros no lugar, sem muita ansiedade, muito menos êxito! O sono me pega e vou embora. Partindo pra não sei! Sinto a ânsia de querer passar boas horas nesse transe, mas isso só a madrugada dirá.
Tranquilo estou, com minha cabeça torta, e sem nada entender! Contudo, feliz, pois, sei que há de haver algo de novo.

Renato Andrade.


segunda-feira, 9 de março de 2009

Surpresa...

Surpresa

Surpresa é saber que o amor existe,
diante o caos que persiste por aí...
Surpresa é a minha fome de vida,
na injustiça dos dias que nunca tive...
Surpresa é querer o mundo inteiro,
sabendo que ele nunca esteve aqui...
Não há tempo para tristezas.
Não há meia desgraça.
Surpresa sou eu enquanto durmo,
afogado nas coisas tolas do dia a dia...
Meu orgulho é distante.
Minha sabedoria infiel.
Surpresa sou eu e você!
Perdidos num só instante,
Deixando tudo rolar...
Surpresa é andar na noite,
Sem ser derrotado pelos fantasmas...
Surpresa é a minha insatisfação,
Que nunca me surpreendeu...
Surpresa é saber tudo,
dizendo uma só palavra...
Não há o que temer.
Não há meia saudade.
Surpresa sou eu, cantando rouco,
após um milhão de drinks...
Nosso futuro é o mesmo.
Nossa maldade também.
Surpresa é a gente! Entre guerra e paz!
Surpresa é o amor que nos une sempre.

Renato Andrade

Tarde linda...

Tarde linda

O calor me consome e me faz sentir sufocado.
Eu ando pelo tempo perdido no espaço.
As pessoas se confundem nas ruas, também
pudera: ignorância, horror e guerra!
Eu vejo a miséria estampada nos quatro cantos
da cidade.
A tarde é linda, mas tudo fede, e uma esmola
alguém pede.
Eu continuo andando e pensando.
Voando alto por entre os transeuntes.
Acreditando na vida com medo da morte.
Sonhando calado e abusando da sorte.
Até que ela aparece!
Menina que passa e nunca me vê.
Nas ruas da vida eu sinto você.
Brincando dentro dos meus olhos.
Sorrindo atrás dos carros.
Fugindo dos perigos da selva de pedra.
Andando com graça na sua infinita loucura.
No meio da praça torna-se plena.
Mas impossível tocar ou querer.
Sua sanidade me leva a crer, que em breve
estaremos juntos.
Sem rumo e sem destino!
Venceremos a selva de pedra e a distorção
dos pensamentos.
Seremos verdes, fortes e raros.
Seremos paz!
E acima de tudo!
Seremos à tarde linda!!!


Renato Andrade

Liberdade...

Liberdade.

Liberdade da alma incompreendida.
Das agonias pálidas da vida.
Do desespero dos mesmos a perambular.
Do trajeto de luta interrompido.

Liberdade das coisas perdidas.
Da desmistificação dos falsos mitos.
Do grito contido na garganta.
Da esperança perdida num sonho.

Liberdade de expressão indefinida.
Da marca impressa na palma das mãos.
Do gosto de sangue na boca.
Do luto estampado no rosto.

Liberdade de estar aprisionado.
Vidas atadas na esquina.
Graças ao inimigo oculto.
Festas que descerebrarão.

Liberdade essa, minha companheira!
Que me abandona no meio de tudo.
Deixando-me no nada.
Distante e só.
Filho único.
Boca seca, tempo curto!
Sol noturno, cão vadio!
Aplausos, vamos nessa!
Força e liberdade!!!

Renato Andrade.