terça-feira, 14 de abril de 2009

Regando Flores...


Não quero ser chato, nem ao menos estúpido,mas é tudo o que sou nos últimos meses. Tenho aprendido também a ser rancoroso, coisa que antes abominava. Entre idas e vindas a vida desconhece o próprio " eu ". Aquele velho poeta regado de insanidade moral e biritas semanais, agora perdido em suas próprias palavras.
Fácil é olhar o que passou e sentir uma dor agúda no peito, mostrando claramente como é difícil seguir este caminho.
Não ter aquilo que se quer é uma dádiva do ser humano, aceitar como é, sempre continuará sendo uma eterna burrice.
Aprender pra mim é quase impossível, compreender torna-se um tédio e uma profunda depressão. Por essas e outras sigo sorrindo mesmo sem ter graça. Afinal sou um palhaço, entretendo a ilusão.
Me interesso pela continuidade dos dias, são neles que me apego e escalo os momentos incertos de cada segundo. Se não há tempo a perder, então melhor não pensar nele, sempre perderemos algo, à todo instante. Não percebemos, porque o tempo nos engole, encobrindo assim nossa perda.
O ideal nessas circunstâncias é escalar a montanha e seguir em frente.
Meu coração quase perdeu a esperança do amor, só não se foi por completo, pois , esperança é aquilo que nunca se perde, fica guardadinha alí, em algum canto de cada um de nós.
Tenho tentado dar um tempo pra palavra e pra cabeça, consecutivamente pra alegria e pra tristeza. Mantendo o caos estagnado, e regando flores com minhas próprias lágrimas.

Renato Andrade.

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