terça-feira, 10 de março de 2009

Há de haver algo...Um garoto prodígio e sua cabeça torta...Você não precisa entender...

Acordo pela manhã e sei que há de haver algo em algum lugar. Tudo acontecendo ao mesmo tempo em todo canto. Minha mente absorve esses pensamentos ainda no parapeito da cama quente, ao mesmo tempo algo sussurra em meus ouvidos alertando que tudo vai começar de novo. "Penso e logo existo", cá estou no infinito universo: vivo!
Há de haver algo, mais um sonho confuso esta noite! Gosto da confusão, saio da rotina com ela.
Mas dormir mal não é legal, ao menos é o que dizem por aí! Porém não estou preocupado com isso, e sim com o que virá no decorrer das próximas horas.
Se minha cabeça não tem paz à noite, durante o dia então nem se fala! Gira ! gira ! gira ! Cabeça torta, se perde em pensamentos imperfeitos e foge da razão. Pra ser sincero, até gosto disso, não me incomoda muito, na verdade incomoda aos outros , nem todos, mas alguns.
Que dizem:
---Pô, cara doido esse aí. Tá loco, você viu!
Diz pro colega ao lado na fila do banco, estupefato!
Esse é o gira, gira da cabeça, onde algo sempre haverá.
Meu pé direito saiu da cama quente dormindo e mancando. Arrastei-me em direção ao banheiro de olhos fechados, hoje não quero ver o sol, devo ter pensado!
O verão me irrita, odeio calor, gosto mais do frio. meus ânimos se agitam mais e a cabeça torta gira, gira se acalma um pouco.
A descarga do banheiro está quebrada de novo, o creme dental está no finzinho e o sabonete só tem um pedacinho.Que legal! Tudo inho...tudo pequenininho!
Nos últimos tempos o diminutivo tem sido meu amigo inseparável. Meu companheiro sentimental e pessoal, enfim...meu guia, meu astro rei!
Percebi que o relógio girou rápido, assim como minhas idéias. E lá estava eu, olhando no espelho mais uma vez sem entender nada, mas claro, atrasado pro trabalho como sempre!
A subordinação é um câncer a ser combatido. O salário mal pago e o dia perdido entre trapos também.
Queria hoje poder aproveitar o dia, sair por aí sem rumo, respirar ar puro e sentir o amor das coisas. Afinal de contas a cabeça gira, mas ela crê e ama.
Minhas responsabilidades com o trabalho e os companheiros do mesmo, se baseiam num jogo de xadrez chinês, eh! aquele mesmo , em formato de estrela, obviamente sem sentido.
Brinco no jogo dos dias, e ainda me mantenho na liderança. A estratégia é a mesma, deixe o tempo passar e sorria, ao final do dia você será o campeão.
Mas chega o dia em que você prefere perder, deixar de sorrir e simplesmente viver!
Esse é o truque do nada entender, meu caro! Fluir apenas, e isso basta!
Depois da labuta, já ao cair da tarde, a giratória gira menos e racíocina mais! Ainda bem, posso ter nervos de aço, mas não cabeça de ferro!
Com à noite as estrelas me acompanham, com um cigarro e um café na varanda.
O calor já não é tão calor próximo à meia-noite.
Fico rolando pra lá e pra cá, e girando a danada de leve na cama, destruindo pensamentos do dia, e reconstruindo outros no lugar, sem muita ansiedade, muito menos êxito! O sono me pega e vou embora. Partindo pra não sei! Sinto a ânsia de querer passar boas horas nesse transe, mas isso só a madrugada dirá.
Tranquilo estou, com minha cabeça torta, e sem nada entender! Contudo, feliz, pois, sei que há de haver algo de novo.

Renato Andrade.


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