terça-feira, 26 de maio de 2009

Realidade adquirida

Não tenho alegrias, não tenho tristezas.
A vida vai e fica, sem olhar pra trás.
A solidão é minha amiga.
E a sorte é o meu amor.

São tantas palavras, são muitas vontades.
A incerteza é a chance de toda verdade.
A mente aberta, positiva!
E a dor no peito que não quer passar.

Se eu soubesse ontem, as tolices
que agora sei.
Seria um bom disfarce,
para ausentar a realidade adquirida.

Não quero aplausos, não quero lutar.
O desprezo é a glória da qual abro mão.
Não bato em sua porta, não peço desculpas,
não caio no chão.

Indo de encontro ao nada, saindo sem partir.
Passagem só de ida, caminho sem fim.
Saudade interrompida.
Embriagues na multidão.

Renato Andrade

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