segunda-feira, 23 de março de 2009

Nada é tudo mesmo...

Difícil pra burro entender as coisas da vida, tentar compreender, então...nem se fala!
Ando enjoado e com uma suposta dificuldade em avaliar meus sentimentos, em relação ao ar que respiro. Fome de vida adcionada a um misto de descrença. Racionalidade pulsante num peito ansioso e juvenil. Diante de tudo, às vezes é necessário surtar, correr, gritar, pular, brigar...sabe, essas coisas consideradas pala sociedade moderna, fora do centro, fora do tom... ou coisa de doido mesmo! Não sei não, mas acredito que um "Q" de transtorno bipolar, está inserido na cuca de cada um de nós.
Meu conforto é saber quer não sou o único com quem compartilho esses sentimentos.
No enrolo dos dias, não há cura mesmo, talvez um remédinho pra aliviar, mas tornar-se sadio por completo, isso jamais!
Minhas manias são minhas dádivas. Uns e outros são meus eternos amigos, e seguindo assim, vou sorrindo e chorando! Algo tipo: " Tudo ao mesmo tempo agora".
Cansado de correr pra nada é algo que me inspira, pois sei que é lá no "nada" que o jogo vira!
A sorte é uma esperança perdida, não dá pra cair nessa!
Faço, desfaço, refaço e construo. A cada tijolo assentado na parede dos dias, aproximo-me da vitória, e sinto o gosto amargo ir embora.
A solidão é minha companheira hoje. Sinto-me como se o tempo posto nesse exato momento, fosse necessário para uma eventual surpresa boa!
Acredito nas fases, e na velha história: " Aqui se planta , aqui se colhe", a lei do retorno, entende!
Bobagens e mentiras fazem parte do cotidiano, impossível fugir disso.
Respeito as opiniões alheias, mas brigo pelas minhas, e no fundo os que vivem à minha volta me respeitam, e dizem que sou comunicável e sociável. Fico contente com toda essa besteira!
Quero e preciso aprender a limpar a mente, ir em frente, consciente de que tudo é válido, e que o tempo é cada vez mais curto.
Não esperar nada do próximo já é um excelente começo, no processo de esquecer.
Meu maior defeito é a extrema dificuldade de desprender-me do antes. Acabo rodando, penso e reflito, e quando vejo, to lá ainda!
Bebidas, palavras, mulheres, amigos, músicas, livros... e a coisa vai ... Renovar é preciso!
"Jerry Maguire - A grande virada"! Esse é o tipo de atitude na vida que faz acontecer.
Sei e tenho que trabalhar esse monstro à todo instante. Não dá pra vascilar, se não sou devorado!
Meus demônios me governam, mas é por pouco tempo. Sempre venço a batalha no final das contas.
Realmente sabe o que é bacana?
É viver segundas-feiras como hoje. Solidão e reflexão! Chegando a conclusão de que nada é tudo mesmo!!!

Renato Andrade...

sexta-feira, 13 de março de 2009

E....assim....se deu....

Sobre nós dois... Complexidade mútua da paixão...Despertar do amor, outrora esquecido...Alegria ambígua lado a lado...Sonho louco pelo ar...Você que emana em mim sempre.Me leva a um lugar escondido.Você meu tudo em meio ao caos.Me traz a juventude perdida.Sobre nós dois não há mistério...É prazer inabalável, puro e sincero...Sobre nós dois não há caminho...É apenas traçado e eterno luar...Vontade sempre de estarmos juntos.Saudade boa interrompida no amanhã.Carência esquecida em nossos longos beijos.Desejo emaranhado pelo chão.Você capaz, deixando-me no lugar...Me mostra a vida, assim como ela é...Você linda, entrelaçada em meus braços...Me diz o certo, impossível esquecer...Sobre nós dois não há palavras.Relicário intacto.Sobre nós dois não há tristeza.É o novo sobre nós dois.O amor que move as coisas,Assim nascendo... em continuidade... Renato Andrade.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Clarice....Daqui para a eternidade.....

Falar de Clarice Lispector é sem dúvida nenhuma abordar a ânsia de perplexidade que envolve o seu texto literário. Clarice não foi uma escritora qualquer. Sua contribuição para a literatura brasileira abriu as portas para outros escritores que, até então, não eram conhecidos em outros países.Seu trabalho como escritora difundiu a nossa cultura e literatura ao redor do mundo. Clarice trabalhou também como tradutora. Traduzindo obras de língua inglesa para o português; uma dessas obras é "O Retrato de Dorian Gray" (por Oscar Wilde), publicada pela editora Ediouro.Sua enorme diversidade pela leitura é percebida, em certos momentos, em sua literatura. Ler não era um simples prazer ou hobby para ela, e sim uma forma de desligar-se do mundo real, transportando para seus personagens um universo de sonhos, angústias, amor e fantasias, misturados em uma escrita metafórica, sutil e poética, características complexas de sua retórica. Muitos escritores e jornalistas tentavam decifrar essa enigmática mulher. Certa vez, Otto Lara Rezende (jornalista e escritor brasileiro) disse que ela não fazia literatura, mas sim, bruxaria.Clarice é considerada uma das mais cultuadas escritoras brasileiras em todo o mundo. Alguns apaixonados dizem: "a mais importante do século XX''.Sua história começa na Ucrânia, numa pequena aldeia chamada Tchetchelnik, onde nasceu no dia 10 de dezembro de 1925. Seus pais emigraram para o Brasil, após dois meses de seu nascimento. Desembarcaram em Maceió e permaneceram na cidade por volta de quatro anos, fixando residência mais tarde em Recife, lugar onde passou sua adolescência. Em 1937, Clarice mudou-se para o Rio de Janeiro e formou-se em direito. Seu primeiro romance, "Perto do Coração Selvagem" (1943), foi um enorme sucesso de crítica, ganhando o prêmio Graça Aranha.Clarice viajou o mundo. Morou em Nápoles, logo após se casar. Serviu num hospital da cidade no final da Segunda Guerra Mundial, retornando mais tarde ao Rio de Janeiro.Contribuiu com seu talento também para a imprensa, trabalhando na Agência Nacional e nos jornais A Noite e Diário da Noite. Foi colunista no Correio da Manhã, realizou várias entrevistas para a revista Manchete e escreveu crônicas no Jornal do Brasil.Seu amor pelas letras surgiu quando ainda menina. Escrevia suas pequenas estórias que eram sempre recusadas pelo Diário de Pernambuco, jornal que mantinha uma página infantil. Suas estórias eram recusadas pelo jornal, com o argumento de não conterem enredo e fatos, mas apenas sensações.Clarice viveu em vários países, pois se casara com um diplomata. Vida essa que não lhe agradava. Foi mãe de dois filhos, Pedro e Paulo.Em 1959, voltou para o Rio (depois de anos morando no exterior), já separada de seu marido.Durante toda a década de 60, colaborou com inúmeros jornais e revistas e trabalhou como tradutora; apesar de ter sua obra conhecida no exterior, nessa época passou por dificuldades financeiras.Um fato inusitado acontece em seu apartamento do Leme, no Rio. Certa madrugada, Clarice adormece fumando. Acorda assustada e percebe o início de um incêndio. De impulso, tenta apagar o fogo com as mãos e fere sua mão direita gravemente (a da escrita), impedindo-a de trabalhar por um tempo.O texto de Clarice nunca é frívolo. Sua narrativa pode começar com um simples relato de um caminhar, evoluindo aos poucos sobre uma reflexão a respeito da vida, da solidão, da morte... Não é por menos que sua obra é fonte de estudos, por psicanalistas e filósofos. Esbanjava talento ao escrever em diversos estilos literários.Há aqueles que buscam influências em sua obra, invocando uma pitada de temperamento feminino; já outros não a entendem. Clarice foi e sempre será uma incógnita, transcendendo a essência da escrita rumo ao fim.Como ela disse em sua última entrevista: "quando não escrevo, estou morta!"Clarice morreu de câncer, em 9 de dezembro de 1977, na véspera de completar 57 anos.

Livros mais importantes:Perto do Coração Selvagem (1943), romance.A Paixão Segundo GH (1964), romance.A Hora da Estrela (1977), romance.A Legião Estrangeira (1964), contos.Laços de Família (1960), contos.Bibliografia completa da escritora no site: www.klickescritores.com.br

Dica de leitura:Quem não leu, leia: "Perto do Coração Selvagem", e surpreenda-se!

Frases da autora:"Renda-se como eu me rendi.Mergulhe no que você não conhece.Não se preocupe em entender.Viver ultrapassa qualquer entendimento"

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso.Nunca se sabe qual defeito sustenta o nosso edifício inteiro. "

Renato Andrade

Mais...e mais...e mais....sonhar....viver....

" Mais que sonhar...Viver é o princípio de tudo!"

Renato Andrade

Power to the People....

Revolução

A revolução do ego.
Na introdução do eco,
no fundo da alma soa.
Enquanto a cabeça vai numa boa.
O pensar é um martírio.
A preguiça é uma mão.
As coisas correm a mil, mas a grande
Vontade despenca.
Vai cachorro, vai carro, vai avião!
Ponha-me de volta no chão.
Traz aquilo que não sei.
A vida que não vi.
A revolução que não se sonha.
A revolução do acaso.
Na perseguição do astro.
O rei me queima a pele.
O suor no corpo anda.
A mente é uma invasão!
E o universo sou eu!
As vozes são tortas, mas as afinações,
São perfeitas.
Sai maldade, sai solidão, sai tristeza!
Trás aquela cega certeza.
A morte que não vi! O sorriso que não ri!
A revolução que não revoluciona.

Renato Andrade

" Essa é a ladeira da preguiça..."

A ladeira

Vou descendo a ladeira e vou contente.
Vejo flores, vejo gente.
Vou caminhando lado a lado com a
minha solidão.
Vou descendo a ladeira e vou tranqüilo.
Desfaço-me! Me esquivo das maldades
da ilusão.
Vejo amores, vejo terrores!
E vou descendo, pensando no presente.
E na cabeça: pensamentos indecentes!
E nossas vidas andando na contramão.
Ah! mas quando subo a ladeira, eu
me perturbo.
Piso forte, piso fundo!
Me encontro perdido num mundo de
medo e sedução.
Na subida da ladeira coração palpita.
Gente nova se irrita sem saber qual a razão.
Menina sobe, menino desce!
Carro buzina, cachorro late!
Mulher bonita, malandro bate!
Dia após dia, vou subindo e descendo.
E a cada instante o mundo ensina que é
preciso ser constante.
E que a esperança é uma forma de esquecer
a solidão.

Renato Andrade

Eis que o amor surge....De repente....e sem hesitar....

De Repente...

De repente seus olhos
Seus olhos nos meus
Meu beijo no seu
Minha alma na sua
Sua luz em meus sentidos...

De repente seus lábios
Seus lábios nos meus
Meu sorriso no seu
Minha voz em teus ouvidos
Sua força em minha esperança...

De repente seu cheiro
Seu cheiro em meu corpo
Sua boca em minhas frases
Sua cor em meu âmago
Seu som em mim...

De repente você e eu
Nossos passos juntos
Meu sonho em sua imaginação
Sua alegria meu desejo
Seu destino meu futuro...

De repente o amor
Surto sóbrio, exata teoria
Desejo constante, momento intacto
Perigoso delírio, intensa atração
De repente
Espero pra sempre...
Assim, incerto infinito,nós....

Renato Andrade

A volta do anos 80....em meio ao século 21....

O futuro chegou! O século 21 está aí! Internet, celular e outras coisas mais. Um enorme conglomerado de tecnologia avançada
invade a massa atual, trazendo informação, conhecimento e entre-
tenimento numa velocidade jamais vista.
O mundo na tela do computador. Algo inimaginável anos atrás.
A vida segue. E de década em década surgem às transformações.
Vivemos a era digital, e alguns estudiosos afirmam que este é o
momento do vazio. Acrescentando uma frase bem conhecida:
nada se cria, tudo se copia!
Em meio a tantas discussões e animosidades sobre vastas teorias,
eis que os anos 80 renasce.
Música, cinema, roupa, e o consumismo dos 80 nos dias de hoje.
O que no final dos anos 90 chamávamos de brega, agora está no topo da moda. Verde-limão, laranja fosforescente, pink, ou se preferir, tudo isso junto. Cores que fazem parte do figurino de
muita gente. Para completar o visual extravagante, podemos incluir ainda: ombreira e cós alto. Sem falar dos cabelos armados das mulheres, e os arrepiados e emplastados com gel dos homens. Quem tem 40 anos hoje, já não precisa mais temer a década das trevas(apelido carinhoso em função do visual arrepiante da época) pois, tudo voltou melhorado e mais suave, embalando boas lem- branças de música, televisão e cinema.
A tv a cabo nos trouxe a nostalgia na poltrona da sala. Através do poder do controle remoto assistimos um he-man repaginado, e ainda temos o prazer de listar inúmeros desenhos da época, para assistirmos a qualquer hora, assim como seriados e os campeões de bilheteria da telona. Só pra citar um: E.T, o meu favorito, que ganhou nova roupagem há pouco tempo.
O visual poderoso dos anos 80, refletia o que se passava no Brasil e no mundo.
O fim da guerra fria, a disseminação da aids, o fim da ditadura militar, a morte do presidente da república;Tancredo Neves, os primeiros pcs, a febre do vídeo game na tv de casa, e rock na-
cional no seu auge, preferência da maioria. Milhares de bandas surgiam todos os dias. Quem na época não cantou rádio pirata do RPM, ou menina veneno do Ritchie. Eduardo e Mônica da Legião Urbana, e o nosso exagerado Cazuza com sua banda; o Barão Vermelho, cantando, pro dia nascer feliz, no maior festival de música realizado no país até então: o rock in rio!!
Na gringa tínhamos o new wave, com representantes como: Duran Duran, tocando sem parar nas Fms, save a prayer, e os Cars com, whos gonna drive you home... tonight?
Os contestadores também faziam parte da festa, em grande número, punks e darks, invadiam a noite da paulicéia desvairada e agitavam todas.
Voltando para o futuro, encontramos na internet diversos sites anunciando festas e encontros em comemoração aos anos 80.
Já o cenário do rock alternativo na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, tornou-se releitura de bandas que estavam no topo há duas décadas atrás, bandas essas; Joy Division, Echo & the Bunnymen, The Smiths e The Cure. Influencia representada na estética e na música.
As novas bandas: The Strokes, The Killers, Arctic Monkeys, My Chemical Romance, são só algumas das bandas que trazem a nostalgia dos 80.
Uma coisa é certa! Diante de reviravoltas conflitantes, acertos e erros, breguice modista e muita criatividade, os anos 80 foram o marco do fim da idade industrial, e o início da idade da infor-
mação, pois, então não estranhem esse revival, porque o tempo nada mais é que um ciclo que termina e recomeça de novo.

Renato Leme
Acesse: http://www.radioparanoia.net/ Programação anos 80...

terça-feira, 10 de março de 2009

Genebra Gato...O gato preto..Veja o que é...

A Genebra gato é uma bebida

tipicamente nordestina.

A Genebra tem um cheiro

aproximado do gym.

Alguns também a chamam de Zinebra.

Mas a Genebra que conheço, tem o gato preto na garrafa...

Poesia pra cachorro...marginal e visceral... parte 1...ok...

Pra saber mais

A vida me leva aonde não quero estar.
A cabeça pensante, pensa a todo instante,
Sem parar.
A palavra cala na alma e persiste em
não falar.
A vontade do nada que surge sem avisar.
A procura daquilo que é impossível achar.
No fundo do poço do medo, a certeza é
Saudade que nunca vai passar.
Das tolices do tempo.
Da pobreza do espírito.
Que assim me faz feliz.
A garganta cortada.
A cerveja gelada.
Que hoje eu bebo sim!
Das forças do infinito.
No mar, no céu, no grito!
O sonho que não deu.
Mas a esperança é um anjo malvado,
que paira pelo ar.
Aproveitando as chances da química da vida.
Vejam só vocês! Só pra saber mais.

Renato Andrade

Há de haver algo...Um garoto prodígio e sua cabeça torta...Você não precisa entender...

Acordo pela manhã e sei que há de haver algo em algum lugar. Tudo acontecendo ao mesmo tempo em todo canto. Minha mente absorve esses pensamentos ainda no parapeito da cama quente, ao mesmo tempo algo sussurra em meus ouvidos alertando que tudo vai começar de novo. "Penso e logo existo", cá estou no infinito universo: vivo!
Há de haver algo, mais um sonho confuso esta noite! Gosto da confusão, saio da rotina com ela.
Mas dormir mal não é legal, ao menos é o que dizem por aí! Porém não estou preocupado com isso, e sim com o que virá no decorrer das próximas horas.
Se minha cabeça não tem paz à noite, durante o dia então nem se fala! Gira ! gira ! gira ! Cabeça torta, se perde em pensamentos imperfeitos e foge da razão. Pra ser sincero, até gosto disso, não me incomoda muito, na verdade incomoda aos outros , nem todos, mas alguns.
Que dizem:
---Pô, cara doido esse aí. Tá loco, você viu!
Diz pro colega ao lado na fila do banco, estupefato!
Esse é o gira, gira da cabeça, onde algo sempre haverá.
Meu pé direito saiu da cama quente dormindo e mancando. Arrastei-me em direção ao banheiro de olhos fechados, hoje não quero ver o sol, devo ter pensado!
O verão me irrita, odeio calor, gosto mais do frio. meus ânimos se agitam mais e a cabeça torta gira, gira se acalma um pouco.
A descarga do banheiro está quebrada de novo, o creme dental está no finzinho e o sabonete só tem um pedacinho.Que legal! Tudo inho...tudo pequenininho!
Nos últimos tempos o diminutivo tem sido meu amigo inseparável. Meu companheiro sentimental e pessoal, enfim...meu guia, meu astro rei!
Percebi que o relógio girou rápido, assim como minhas idéias. E lá estava eu, olhando no espelho mais uma vez sem entender nada, mas claro, atrasado pro trabalho como sempre!
A subordinação é um câncer a ser combatido. O salário mal pago e o dia perdido entre trapos também.
Queria hoje poder aproveitar o dia, sair por aí sem rumo, respirar ar puro e sentir o amor das coisas. Afinal de contas a cabeça gira, mas ela crê e ama.
Minhas responsabilidades com o trabalho e os companheiros do mesmo, se baseiam num jogo de xadrez chinês, eh! aquele mesmo , em formato de estrela, obviamente sem sentido.
Brinco no jogo dos dias, e ainda me mantenho na liderança. A estratégia é a mesma, deixe o tempo passar e sorria, ao final do dia você será o campeão.
Mas chega o dia em que você prefere perder, deixar de sorrir e simplesmente viver!
Esse é o truque do nada entender, meu caro! Fluir apenas, e isso basta!
Depois da labuta, já ao cair da tarde, a giratória gira menos e racíocina mais! Ainda bem, posso ter nervos de aço, mas não cabeça de ferro!
Com à noite as estrelas me acompanham, com um cigarro e um café na varanda.
O calor já não é tão calor próximo à meia-noite.
Fico rolando pra lá e pra cá, e girando a danada de leve na cama, destruindo pensamentos do dia, e reconstruindo outros no lugar, sem muita ansiedade, muito menos êxito! O sono me pega e vou embora. Partindo pra não sei! Sinto a ânsia de querer passar boas horas nesse transe, mas isso só a madrugada dirá.
Tranquilo estou, com minha cabeça torta, e sem nada entender! Contudo, feliz, pois, sei que há de haver algo de novo.

Renato Andrade.


segunda-feira, 9 de março de 2009

Surpresa...

Surpresa

Surpresa é saber que o amor existe,
diante o caos que persiste por aí...
Surpresa é a minha fome de vida,
na injustiça dos dias que nunca tive...
Surpresa é querer o mundo inteiro,
sabendo que ele nunca esteve aqui...
Não há tempo para tristezas.
Não há meia desgraça.
Surpresa sou eu enquanto durmo,
afogado nas coisas tolas do dia a dia...
Meu orgulho é distante.
Minha sabedoria infiel.
Surpresa sou eu e você!
Perdidos num só instante,
Deixando tudo rolar...
Surpresa é andar na noite,
Sem ser derrotado pelos fantasmas...
Surpresa é a minha insatisfação,
Que nunca me surpreendeu...
Surpresa é saber tudo,
dizendo uma só palavra...
Não há o que temer.
Não há meia saudade.
Surpresa sou eu, cantando rouco,
após um milhão de drinks...
Nosso futuro é o mesmo.
Nossa maldade também.
Surpresa é a gente! Entre guerra e paz!
Surpresa é o amor que nos une sempre.

Renato Andrade

Tarde linda...

Tarde linda

O calor me consome e me faz sentir sufocado.
Eu ando pelo tempo perdido no espaço.
As pessoas se confundem nas ruas, também
pudera: ignorância, horror e guerra!
Eu vejo a miséria estampada nos quatro cantos
da cidade.
A tarde é linda, mas tudo fede, e uma esmola
alguém pede.
Eu continuo andando e pensando.
Voando alto por entre os transeuntes.
Acreditando na vida com medo da morte.
Sonhando calado e abusando da sorte.
Até que ela aparece!
Menina que passa e nunca me vê.
Nas ruas da vida eu sinto você.
Brincando dentro dos meus olhos.
Sorrindo atrás dos carros.
Fugindo dos perigos da selva de pedra.
Andando com graça na sua infinita loucura.
No meio da praça torna-se plena.
Mas impossível tocar ou querer.
Sua sanidade me leva a crer, que em breve
estaremos juntos.
Sem rumo e sem destino!
Venceremos a selva de pedra e a distorção
dos pensamentos.
Seremos verdes, fortes e raros.
Seremos paz!
E acima de tudo!
Seremos à tarde linda!!!


Renato Andrade

Liberdade...

Liberdade.

Liberdade da alma incompreendida.
Das agonias pálidas da vida.
Do desespero dos mesmos a perambular.
Do trajeto de luta interrompido.

Liberdade das coisas perdidas.
Da desmistificação dos falsos mitos.
Do grito contido na garganta.
Da esperança perdida num sonho.

Liberdade de expressão indefinida.
Da marca impressa na palma das mãos.
Do gosto de sangue na boca.
Do luto estampado no rosto.

Liberdade de estar aprisionado.
Vidas atadas na esquina.
Graças ao inimigo oculto.
Festas que descerebrarão.

Liberdade essa, minha companheira!
Que me abandona no meio de tudo.
Deixando-me no nada.
Distante e só.
Filho único.
Boca seca, tempo curto!
Sol noturno, cão vadio!
Aplausos, vamos nessa!
Força e liberdade!!!

Renato Andrade.