quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Enquanto isso ...

Enquanto eu dormia o tempo ia.
A tarde saia e a noite chegava com euforia.
Às vezes eu sonhava e o sonho ia
de encontro ao nada.
A rua, a casa, o carro , as pessoas
e tudo mais que vinha.
Desse jeito o presente partia.
Enquanto a chuva caia
eu dependurava na vidraça.
E lá longe no infinito
eu sentia a paz de estar contigo.
Um sorriso , um abraço
uma lembrança , uma saudade , pois ,
sei que tinha!
Às vezes eu dançava!
E a música trazia à esperança
que jamais fora perdida.
O reencontro! E o futuro chegara!
Enquanto isso ...
Eu ia e vinha e brincava! E pensava!
E você persistia em mim.
Enquanto eu pedia nada acontecia.
Me desesperava , caia em pranto.
Mas a dúvida é a certeza
de que um dia seria.
Às vezes eu cantava!
Rouco e tímido.
No quarto : a cama , os discos , os livros,
nossa linda vida!
Agora há o momento que ficara.
A distância que partiu.
Uma briga , um entendimento,
um beijo , um carinho ...
Ah! Sei que muito tinha!
Às vezes eu chorava um choro escondido,
perdido no meu ser , milagroso , deslumbrante!
Enquanto isso ...
O segundos corriam ...
Eu continuava indo e vindo.
Cantando , dançando e chorando ...
E nesse martírio , sempre !
Você persistindo em mim ...

Renato Andrade

Um comentário:

  1. Oi Renato sou do recanto das letras e tenho um blog tambem, adorei seus textos, estou te seguindo, me visite, beijos

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